Servidores públicos se reúnem para discutir proposta apresentada pelo governo com menos de 1% para recomposição salarial

Hoje pela manhã, dia 30 de agosto, no ato realizado no auditório do Sindsef, servidores públicos de variados setores se reuniram para discutir sobre a proposta apresentada pelo governo com menos de 1% para recomposição salarial. O Dia de Luta dos Servidores Públicos partiu de uma mobilização nacional da Campanha Salarial 2024 e intensificou-se depois da apresentação de uma proposta irrisória do governo, onde a representação se deu em menos de 1% para recomposição salarial no dia 29 de agosto após a reunião com a Mesa Central.

Ao parâmetro das discussões de propostas anteriores, o ANDES afirma a partir das discussões do Fórum das Entidades Nacionais dos servidores Públicos Federais (FONASEFE) e a Mesa de Negociação Permanente (MNP), que a proposta da Campanha Salarial 2024 dos e das SPF inclui a recomposição salarial a partir de julho de 2010 – data do último reajuste durante o segundo mandato do governo de Luiz Inácio Lula da Silva – e propõe dividir os SFP em dois blocos. O primeiro bloco com a parcela da categoria do funcionalismo que fez acordo em 2015, com reajustes parcelados em 2016 e 2017. O segundo, com aquelas categorias que firmaram acordo em 2015 para reajuste com parcelas em 2016, 2017, 2018 e 2019. A categoria docente se enquadra no segundo grupo.

Logo, a reivindicação de recomposição salarial, para 01 de janeiro de 2024, é de 53,34%, para SPF que fecharam acordo em 2015 com duas parcelas; 40,08%, para SPF que fecharam acordo em 2015 com quatro parcelas. Além disso, a proposta que o Fonasefe levará para a MNNP também inclui a equiparação dos benefícios e auxílios entre os poderes; a abertura imediata das Mesas Setoriais (reestruturação de carreiras); revogaço das medidas que atacam os serviços públicos e direitos da classe trabalhadora.

Neste último encontro de negociação, ficou evidente que este governo de frente ampla não mostrou interesse em tratar a defasagem dos últimos anos para recomposição salarial do funcionalismo público, o que frustrou diversas categorias que se debruçaram em garantir ao menos uma porcentagem razoável para diminuir os impactos acumulados.

Compondo a mesa, a presidente da ADUNIR Marilsa Miranda informou que o montante proposto tanto pode ser utilizado na restruturação da carreira, na equiparação de auxílios e também para recomposição salarial. Além do mais, as carreiras de Magistério Superior e EBTT’s não foram incluídas na mesa específica da educação. Logo, se faz necessário intensificar a luta de todos os setores, mobilizando amplamente as bases para que se demonstre indignação e busquem medidas para pressionar o atual governo frente as necessidades cada vez mais urgentes dos servidores públicos.

Diversos setores se fizeram presente neste momento, técnicos, docentes da educação, da saúde entre outros. Após algumas rodadas de discussões, foram retirados encaminhamentos de mobilização da base, de ampla divulgação para a sociedade civil da importância do serviço público e os ataques que vem sofrendo durante esses últimos anos além de indicativo de paralisação das categorias em concentração e reivindicação para pressionar novas propostas de reajustes.